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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Empresa cearense vai fabricar robôs para explorar pré-sal

O diretor executivo da Armtec, Roberto Macêdo, começou a se envolver com a robótica começou ainda na faculdade (Foto: Igor de Melo)
Retirar petróleo da camada de pré-sal do litoral brasileiro sem causar impacto ambiental. É o objetivo do robô aquático Dragão do Mar, que está sendo desenvolvido pela empresa cearense Armtec – Tecnologia em Robótica, em parceria com oito entidades. É financiado em R$ 7 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O projeto prevê um submarino para atuar em profundidades de até 3 mil metros, operado por controle remoto e com capacidade para auxílio, manutenção e reparo de instalações de petróleo. A estimativa é que em três anos o produto esteja pronto. A cada seis meses um novo robô é lançado pela empresa e vários projetos são elaborados, levando em conta a demanda que o país necessita.

Para o diretor executivo da Armtec, Roberto Macêdo, esse robô vai trazer muitos benefícios à tecnologia brasileira. “A Petrobras utiliza equipamentos importados semelhantes. Cada qual custa milhões. Com a fabricação do Dragão do Mar, as petrolíferas vão economizar, gerar empregos e movimentar a economia brasileira”, diz Roberto.

Financiamento
Para conseguir o financiamento do projeto, a Armtec participou, em 2010, de uma chamada pública, que envolvia projetos que tratassem da camada de pré-sal brasileira. Foram R$ 110 milhões divididos para 58 propostas, voltadas para a indústria nacional de petróleo e gás. A Armtec recebeu a maior parcela de recursos do financiamento, mas a região Sudeste contemplou 75% das propostas aprovadas.

Roberto diz acreditar que a aprovação só foi possível pela parceria que a empresa tem com outras entidades. “O Dragão do Mar é o segundo maior projeto aprovado envolvendo o pré-sal. Buscamos desenvolver tecnologia para que possamos depender menos do mercado estrangeiros. Queremos um Brasil tecnológico e procuramos homenagear a cultura do País nos nomes dos robôs”, conta.

O envolvimento do empresário com a robótica começou ainda na faculdade. Aos 23 anos, o projeto de conclusão de curso de Engenharia Eletrônica foi um robô de combate a incêndios, intitulado Sistema de Apoio ao Combate de Incidentes (Saci); foi o primeiro do Brasil e o quarto do mundo. Com esse robô, Roberto ganhou o apoio da Petrobras e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), conquistando um espaço físico na Universidade de Fortaleza (Unifor).

“O Saci foi o pioneiro e já era bem menor que os concorrentes, com um jato 30% maior que os outros. Estamos sempre melhorando os nossos equipamentos”, explica.

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

As entidades responsáveis pela construção do Dragão do Mar são: Armtec, Unifor, Instituição de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ceará (ITIC), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer Campus Nordeste (CTI-NE), a UFC, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), a Universidade Federal Vale do São Francisco (Univasf) e a BWV Consultoria.

Fonte: O Povo 

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