Foto: Francisco Viana |
Em nota, a Contraf-CUT criticou a omissão por parte daqueles que representam os banqueiros. "Os bancos estão agindo de forma irresponsável ao permanecerem em silêncio e ignorarem a disposição dos bancários para retomar o processo de negociações. Essa postura das instituições financeiras irá ampliar ainda mais a greve nacional da categoria", consta.
No documento, foi cobrado o compromisso público assumido pela Fenaban em pronunciamento divulgado na última quinta-feira, dia 29 de setembro, onde promete "disposição em dar continuidade às negociações com as representações dos bancários". Entretanto, nenhuma negociação entre as duas partes foi marcada até agora. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o oitavo dia de greve dos bancários destacou-se pela adesão de mais agências das cidades de Caucaia e Maracanaú.
Foram fechadas algumas das unidades mais resistentes, como a agência do Bradesco da Ceasa e uma do Banco do Brasil em Pajuçara, Maracanaú. No Centro de Caucaia, também foram paralisadas unidades do Itaú, do Bradesco, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.
Estabilidade
Através da sua assessoria de comunicação, o Sindicato dos Bancários do Ceará revelou que a intenção dos grevistas, no momento, é estabilizar as ações. Das 448 agências do Ceará, 60% estão paralisadas, enquanto quase 70% dos bancários estão em greve, o que significa uma quantidade de 6 mil funcionários.
Por volta das 17 horas de ontem, uma assembleia entre os bancários foi realizada para discutir as próximas decisões, que, por motivos estratégicos, não foram divulgadas à imprensa.
Situação dos clientes
Mesmo com a adesão crescente de unidades bancárias, os clientes têm conseguido, no caixas de auto atendimento, realizar suas operações de forma tranquila. Nas agências visitadas pela reportagem, não foram encontradas filas longas. As poucas que existiam eram pequenas e fluiam com rapidez.
Bradesco
As vidraças das agências cearenses do Bradesco, que estão sem funcionar por conta da greve nacional dos bancários, amanheceram hoje sem os cartazes que anunciavam a paralisação. A retirada se dá em razão de uma liminar concedida, na última segunda-feira, pela Justiça do Trabalho de Fortaleza-CE que proíbe a livre manifestação dos empregados da instituição financeira, a única a fazer esse tipo de solicitação no poder judiciário. Ontem, algumas agências já faziam a limpeza.
Em resposta, os funcionários do banco distribuiram nas agências uma nota de protesto que critica a posição do Bradesco e a decisão da Justiça. Para eles, é "surpreendente" a "ineficácia" do Judiciário em fazer a cumprir a lei das filas que garante o atendimento aos clientes em, no máximo, 15 minutos e instalação de portas com detectores.
Fonte: Diário do Nordeste
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