Juazeiro do Norte-CE: Guarda Municipal que matou sua amante é absolvido

Raimundo Leite não sentou no banco dos réus (Foto: Chinês/Agência Miséria)

Reunido na manhã desta terça-feira o Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri absolveu o Guarda Municipal, Raimundo Leite da Silva, em julgamento no auditório do Fórum Desembargador Juvêncio Santana de Juazeiro do Norte. Quando tinha 24 anos de idade e residia na Rua Conde Adolfo, 11 (Bairro Casas Populares), ele matou sua própria amante Vanilda Alves de Bezerra com dois tiros de revólver nas costas.

O crime aconteceu há 14 anos no interior da residência dela na Rua Manoel Barros, 12 (Bairro Tiradentes) por volta das 19 horas do dia 9 de abril de 1998. Raimundo Leite não sentou no banco dos réus. Segundo seu advogado José João Araújo Neto, o mesmo encontra-se internado em uma clínica para recuperação de viciados em drogas para onde se transferiu após passar algum tempo no Projeto Reviver do Pastor Fernadito Pino. A justificativa foi aceita e o julgamento se deu à revelia.

O Promotor de Justiça, Germano Guimarães, aproveitou a oportunidade para falar sobre os malefícios das drogas observando ser, quase sempre, um caminho sem volta. Disse que alguns são tentados a provar substancias entorpecentes e vão repetindo o uso continuadamente sem querer mais parar. Com isso, terminam perdendo os horizontes e a chance de crescer como um cidadão de bem. Na noite do crime, não há informações se o GM estava ou não sob o efeito de drogas.

Sabe-se apenas que os beijos e carícias do romance entre Raimundo e Vanilda foram substituídos tiros de revólver e a mulher tombou morta dentro de casa, enquanto o acusado fugia. A denúncia contra ele foi oferecida pelo Ministério Público no dia 1 de maio antes de completar um mês do assassinato. Foi o 13º julgamento em dois meses no fórum de Juazeiro presidido pela juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard e a quarta absolvição. Nesta quarta-feira deverá sentar no banco dos réus Cícero Adriano Vieira, o Doido, acusado do assassinato de José Adezilton da Silva.